Posts tagged tecnologia
É possível usar tecnologia no ensino tradicional?

A pedagogia tradicional foi um dos primeiros métodos de ensino surgidos na história recente, por isso recebe o nome “tradicional”. O ensino tradicional foi criado com o intuito de universalizar o conhecimento entre a população. Por ter um intuito massificador, e possui uma estrutura mais rígida e fechada à inovação. Uma escola que adota a linha tradicional parte do princípio que um aluno crítico e criativo é resultado de uma bagagem de conhecimentos adquiridos.

O ensino tradicional é marcado por estratégias passivas no processo de ensino-aprendizagem, no qual os alunos não são estimulados a desenvolverem uma postura ativa em relação à recepção dos conhecimentos transmitidos pelo professor, que é considerado figura central no processo. Nesse cenário, as aulas são expositivas, o professor faz uma exposição verbal do conteúdo, além de passar exercícios para auxiliar o aluno na memorização do que está sendo ensinado. Assim, há uma dinâmica em que o professor explica o conteúdo, passa exercícios e, ao final, relaciona o tema com outros assuntos.

O cenário atual da educação traz diversos desafios na prática do professor conteudista, as estratégias tradicionais já não atendem mais às necessidades dos alunos nativos digitais (crianças que nasceram no meio digital). E as novas tecnologias podem agregar diversos benefícios para a aprendizagem tradicional.

Afinal, é possível usar tecnologia no ensino tradicional? Sim! Elas podem ser vistas como apoio ou complemento para as aulas, tornando-as mais ricas, envolventes e dinâmicas. Utilizar ferramentas digitais podem até mesmo ser um respiro no meio de tanto conteúdo, né? Por exemplo, naquela aula de história sobre Grécia Antiga super conteudista, chega um momento em que o professor não terá mais 100% da atenção do aluno, segundo especialistas, o cérebro humano tem a capacidade de concentração absoluta por um curto período de tempo, depois disso, fica mais disperso. No caso dos alunos, o cérebro pode ficar saturado do conteúdo e precisa de uma “quebra de padrão” para voltar à atenção. Então porque não caprichar em um Google Slide envolvente? ou compartilhar uma PlayList no Youtube com vídeos sobre o tema? E até mesmo levar os alunos para um tour virtual pela Grécia Antiga? 

O leque de opções é enorme! As tecnologias podem tornar as aulas muito mais produtivas e serem aliadas no trabalho docente alinhadas à realidade dos alunos. Se o professor tem receio de utilizar essas estratégias, a dica é começar aos poucos, utilizando esses recursos em momentos pontuais e depois, quem sabe, se arriscar! 😃


Gostou do conteudo?
Quer saber mais sobre como usar tecnologia na sua escola e aumentar as matriculas?

Por que você deveria incluir tecnologias digitais na sua escola?

Estamos cercados por tecnologias digitais. Se você olhar em volta, pode perceber que elas já estão enraizadas em nosso cotidiano, presentes em todos os âmbitos, sejam pessoais ou profissionais. Segundo a Agência Brasil (2021), com a pandemia de covid-19, declarada pela Organização Mundial da Saúde em março de 2020, foi possível verificar uma intensificação da utilização de tecnologias digitais no Brasil, saltando de 71% dos domicílios com acesso à internet em 2019 para 83% em 2020, o que corresponde a 61,8 milhões de domicílios com algum tipo de conexão à rede.

Nessa perspectiva, o avanço da tecnologia exerce influência em diversas atividades profissionais atuais e futuras, e sua utilização na área da educação possui ganhos para a formação dos alunos, que com o auxílio delas, desenvolvem diversas habilidades fundamentais. O texto da Base Nacional Comum Curricular contempla o desenvolvimento de competências e habilidades relacionadas ao uso crítico e responsável das tecnologias digitais, como destaca a competência geral 5: “Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.” (BNCC, 2018)


Para acompanhar essas novas perspectivas educacionais, torna-se necessário que as instituições modernizem o ensino, até mesmo para formar alunos mais preparados para os novos desafios. No contexto escolar, as soluções tecnológicas não agregam benefícios apenas na aprendizagem dos alunos, mas também ao trabalho pedagógico, à rotina da gestão e ao corpo docente.


Mesmo com tudo isso, você ainda não se sente convencido? Destacamos alguns motivos para incluir tecnologias digitais na sua instituição:

  1. Otimização do trabalho da gestão

  2. Aproxima alunos, professores e família

  3. Desperta a curiosidade e autonomia dos alunos 

  4. Melhora a qualidade da aprendizagem

  5. Aumenta o engajamento dos alunos no processo de ensino-aprendizagem

  6. Agrega valor para a escola no mercado

  7. Personalização da jornada de aprendizagem dos alunos

  8. Otimização do Feedback 

  9. Contribuição para a democratização do acesso ao ensino

O que são EdTechs?

O futuro da aprendizagem está no ecossistema das edtechs, que prometem transformar o ensino com a educação tecnológica. Para superar fórmulas ultrapassadas, essas startups estão trazendo o e-learning, gamificação, inteligência artificial e robótica para o ensino.

Afinal, os avanços do mundo digital estão mudando drasticamente nossas demandas educacionais, e o mercado precisa acompanhar o ritmo. Quando as tecnologias são combinadas à educação, temos uma série de vantagens: personalização, flexibilidade, aumento de desempenho e engajamento.

Muitas dessas empresas estão começando pelo ensino fundamental, preparando crianças e adolescentes para as profissões do futuro e semeando o empreendedorismo. Outras estão focadas na área acadêmica, oferecendo soluções inovadoras para universitários e professores, e ainda há o segmento de educação corporativa, que investe na capacitação profissional.

Se você quer ficar por dentro desse universo de conteúdos e tecnologias, acompanhe nossa seleção com as edtechs mais promissoras do Brasil e do mundo. Edtechs são startups dedicadas a desenvolver soluções para a educação, tendo a tecnologia como principal ferramenta.

A palavra é uma junção de education (educação) e technology (tecnologia), que traduz o foco na reinvenção dos processos educacionais e digitalização do aprendizado. De modo geral, essas empresas investem em softwares personalizados, plataformas online, ferramentas de gamificação, simuladores de RV, aplicativos e outras tecnologias que transformam o ensino-aprendizagem.

Para além da facilidade nos estudos, as edtechs procuram criar soluções que engajam alunos, contribuindo para superar as estatísticas deficitárias da educação no Brasil. Inclusive, a área de atuação das startups engloba o contexto acadêmico, corporativo e de educação continuada, estendendo seu alcance a todas as práticas educacionais.

No Mapeamento Edtech 2018, realizado pela Abstartups em parceria com a CIEB, foram mapeadas 364 empresas na categoria Edtech Brasil em todo o país. Dessas, 61,6% atuam com produção de conteúdo e 18,95% com coleta de dados e processos, enquanto o restante se divide entre gestão de informações, realidade virtual e aumentada, simulados e avaliações, entre outras categorias.

Logo, as soluções das edtechs vão desde plataformas de aprendizado online até o desenvolvimento de jogos educacionais. Em nível global, o mercado de edtechs cresce 17% ao ano e deve alcançar o faturamento de US$ 252 bilhões até 2020, de acordo com o relatório EdTechXGlobal.

_MG_4007.jpg

A Inteceleri é uma Edutech com a missão de Usar as inovações tecnológicas para acelerar a mudança no processo de ensino e aprendizado no Brasil. Nascemos em 2013, movida pelo sonho de aliar tecnologia e educação. Jogos virtuais, aplicativos e equipamentos de realidade virtual são algumas das criações da Inteceleri que vem ajudando professores, educadores e pais a ensinar conteúdos pedagógicos de forma mais fácil e divertida. Fundada no estado do Pará, a Inteceleri já implantou projetos nas regiões Norte e Nordeste, e avança sua expansão rumo as regiões Sudeste, Sul e Centro Oeste.

Somente através de um de seus projetos, o Matematicando, mais de 102 mil alunos e 9 mil professores já foram atendidos em todo o Brasil. Somos membro de um seleto grupo de parceiros do Google, já atendemos cerca de 6 mil professores.

Um dos mais recentes lançamentos da empresa é MiritiBoard VR cuja a tecnologia transforma de maneira sustentável o Miriti/Buriti da amazônia em óculos de realidade virtual. Através do uso do MiritiBoard VR e a plataforma Google Expedition a Inteceleri está levando alunos de todos os estados da Região Norte a conhecerem os diferentes usos da realidade virtual na educação.

Quer conhecer um pouco mais sobre como podemos revolucionar sua instituição de ensino com um toque de tecnologia? Acesse aqui e seja redirecionado :)

O ensino remoto continua em 2021?
image+1+blog.jpg

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, homologou o Parecer nº 19, do Conselho Nacional de Educação (CNE), que estende até 31 de dezembro de 2021 a permissão para atividades remotas no ensino básico e superior em todo o país. A validação da decisão do CNE foi publicada na edição do Diário Oficial da União (DOU), em despacho assinado pelo próprio ministro.

De acordo com o parecer, aprovado pelo colegiado em outubro, os sistemas públicos municipais e estaduais de ensino, bem como as instituições privadas, possuem autonomia para normatizar a reorganização dos calendários e o replanejamento curricular ao longo do próximo ano, desde que observados alguns critérios, como  assegurar formas de aprendizagem pelos estudantes e o registro detalhado das atividades não presenciais. 

Outra regra definida no parecer é a que flexibiliza formas de avaliação dos estudantes durante a vigência do estado de calamidade pública. "Em face da situação emergencial, cabe aos sistemas de ensino, secretarias de educação e instituições escolares promover a redefinição de critérios de avaliação para promoção dos estudantes, no que tange a mudanças nos currículos e em carga horária, conforme normas e protocolos locais, sem comprometimento do alcance das metas constitucionais e legais quanto ao aproveitamento para a maioria dos estudantes, aos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, e à carga horária, na forma flexível permitida por lei e pelas peculiaridades locais".

Atividades presenciais

A volta às aulas presenciais, segundo a decisão CNE, também homologada pelo MEC, deve ser gradual, por grupos de estudantes, etapas ou níveis educacionais, "em conformidade com protocolos produzidos pelas autoridades sanitárias locais, pelos sistemas de ensino, secretarias de educação e instituições escolares". 

Esse processo de retorno ao presencial também deve envolver, segundo as diretrizes aprovadas, a participação das comunidades escolares e a observância de regras de gestão, de higiene e de distanciamento físico de estudantes, de funcionários e profissionais da educação, com escalonamento de horários de entrada e saída para evitar aglomerações, além outras medidas de segurança recomendadas. 

Apesar de estender o prazo para atividades remotas em todas instituições de ensino até dezembro do ano que vem, o MEC determinou, em portaria editada na terça-feira (8), que o retorno às atividades presenciais nas instituições federais de ensino superior deve começar antes, a partir do dia 1º de março. A data anterior previa esse retorno já no dia 4 de janeiro, mas a pasta decidiu prorrogar esse prazo após reclamação das universidades e dos institutos federais.

image+2+blog.jpg

O ensino remoto continua?

Professor Eduardo Jorge de Brito Bastos, presidente da Fundação ValeParaibana de Ensino, acredita que mistura de ensino presencial e remoto será tendência no pós-pandemia

Mesmo com vacina para a Covid-19 em 2021, o método de ensino híbrido (presencial e remoto) deve ser mantido.

Para ele, a pandemia mostrou a necessidade de desenvolver instrumentos para o ensino remoto. "A ferramenta do sistema remoto é uma tendência. Vai fazer parte do nosso dia a dia e não deve ter volta", disse.


Como sua escola vem se preparando para 2021? Pais e alunos cada vez mais exigentes procurando algo que atenda suas necessidades que muitas vezes são complexas. Calma! Você não precisa resolver tudo sozinho, nós da inteceleri estamos prontos para ajudar você e sua escola a se destacar da concorrência com uma educação moderna, tecnológica e inovadora.

Clique aqui e o time inteceleri entrará em contato com você para pensarmos juntos sobre como fazer um ano incrível na sua escola.

Aprendizagem centrada no aluno
image 1.jpg

Os líderes educacionais querem que os alunos tenham mais autonomia, desde o conteúdo ensinado até o funcionamento da sala de aula. A importância da transição da escola para a vida é cada vez mais reconhecida, e esses líderes argumentam que a capacidade de ação do aluno precisa ser a regra, não a exceção.

76% dos professores no México consideram a aprendizagem autônoma uma das maiores vantagens do uso da tecnologia em sala de aula no nível pedagógico.

Blink Learning, 2018

65%dos educadores dos EUA afirmam que a aprendizagem centrada no aluno é extremamente valiosa no desenvolvimento de habilidades para o século XXI.

Nureva, 2016

67%do público em geral na Espanha acha mais importante que as escolas públicas estimulem a criatividade e o pensamento independente dos alunos do que a disciplina.

Pew Research Center, 2017


O que dizem os especialistas

Entrevista com Rob Houben

Diretor, Agora

Por que você acha que mais escolas estão adotando a aprendizagem centrada no aluno? Quais você considera os benefícios mais significativos?

As escolas estão finalmente começando a entender que não se pode impor a paixão e a motivação aos alunos. Sabemos que o segredo do sucesso não é o QI e sim a paixão e a motivação. A partir dos interesses dos alunos, podemos desenvolver habilidades e conhecimentos. Dessa forma, a aprendizagem acontece em ritmo acelerado, e os alunos passam a estar preparados para aprender pelo resto da vida.

Qual foi o melhor exemplo de aprendizagem centrada no aluno que você já presenciou.

Na Agora, um aluno explicou a bomba atômica, alguns consertam motores de carro e outros criaram o ambiente da nossa escola digital e fundaram as próprias empresas aos 16 anos. Uma aluna nossa aprendeu coreano sozinha e fez um tour pela escola com um grupo de visitantes daquele país. Os alunos criam projetos por conta própria e acabam fazendo parte de grupos de 15 ou até 30 alunos colaborando para uma meta em comum. Alguns projetos começam com alunos de 13 anos e recebem a ajuda de especialistas adultos voluntários uma vez por semana.

Quais fundamentos precisam ser estabelecidos por escolas e educadores para garantir o sucesso da aprendizagem centrada no aluno?

O mais importante é a mentalidade dos professores e funcionários. Eles devem esquecer tudo que sabem sobre o ensino e a organização das escolas, e se concentrar no que realmente sabem sobre a aprendizagem. É preciso começar pelas metas e pelos caminhos de aprendizagem pessoais do aluno, ou seja, por algo que ele queira aprender ou fazer. A partir daí, o aluno precisa ter a chance de fracassar e refletir sobre o que deu errado. O "professor" precisa usar o próprio conhecimento para fazer as perguntas certas e ajudar o aluno a refletir, em vez de simplesmente explicar tudo a ele. Dessa forma, o estudante assume o controle do próprio processo de aprendizagem. Você não precisa de cursos predefinidos, aulas, horários nem faixas etárias para isso.


image+3.jpg

Entrevista com Yuhei Yamauchi

Professor, Iniciativa Interfaculdades em Ciência da Informação, Universidade de Tóquio

Por que você acha que mais escolas estão adotando a aprendizagem centrada no aluno? Quais você considera os benefícios mais significativos?

O avanço das tecnologias de informação e comunicação, como a inteligência artificial, aumentou o nível das habilidades necessárias para os humanos atuarem no mercado de trabalho. Conforme iniciamos uma era em que será comum viver mais de cem anos e ter várias carreiras, as pessoas passarão mais tempo aprendendo. As escolas precisam nos ajudar a desenvolver essa capacidade. Com a aprendizagem centrada no aluno, é mais fácil "aprender a aprender". Ao mesmo tempo, os alunos podem pensar mais em onde os ensinamentos fundamentais na escola serão aplicados ao longo da vida. Compreender o significado da própria aprendizagem é uma vantagem crucial.

O que acontece quando a aprendizagem centrada no aluno funciona?

Nesse tipo de aprendizagem, é importante que o aluno tenha preocupações específicas e defina as próprias questões. Quando ela funciona, os alunos demonstram grande motivação para resolver essas preocupações. Além disso, eles discutem o assunto com os colegas e pessoas do mundo inteiro, e lidam com contradições e conflitos das ideias apresentadas. Quando essas dificuldades são superadas, a aprendizagem profunda acontece. Em outras palavras, podemos dizer que o aluno precisa de motivação para aprender.

Quais fundamentos precisam ser estabelecidos por escolas e educadores para garantir o sucesso da aprendizagem centrada no aluno?

É importante que o professor ajude o aluno a escolher um tema que interesse a ele e que seja adequado ao tempo disponível. Os alunos devem ter acesso à informação necessária e oportunidades para discutir o tema com os colegas de modo a aprofundar a compreensão do assunto. Também é importante que o aluno possa interagir com especialistas para solidificar e defender a própria posição. Durante um projeto de aprendizagem centrada no aluno, o professor deve orientar o aluno se ele tiver alguma dificuldade.